Agustín Ibarrola (1930-2023), nascido no seio de uma família operária, entrou muito cedo na Escola de Artes e Ofícios de Bilbau e, aos 18 anos, realizou a sua primeira exposição individual. Destacado artista espanhol, nascido no País Basco, é conhecido pelo seu trabalho em pintura, escultura e instalações, bem como pela sua ação social e política. O seu trabalho tem estado profundamente ligado às mudanças históricas e políticas em Espanha, especialmente no contexto da transição para a democracia após a ditadura de Franco. O seu compromisso com os direitos humanos é evidente na sua obra.

Ao longo da sua carreira, abordou temas relacionadas com a paz, a liberdade e a justiça social, tornando-se uma voz proeminente na luta contra a opressão e a injustiça.

Ibarrola usou a sua arte como meio de expressar o seu descontentamento com o regime de Franco e de defender uma sociedade mais justa e democrática. Durante os anos da ditadura, o seu trabalho tornou-se uma forma de resistência, abordando questões de identidade e direitos humanos.

Um dos aspetos mais destacados da sua carreira foi o seu trabalho em murais e projetos comunitários que procuram envolver os cidadãos na arte e na cultura. A sua famosa obra El árbol de la libertad (A árvore da liberdade), criada no contexto da Transição, simboliza o desejo de mudança e renovação da sociedade espanhola. Através destes projetos, Ibarrola fomentou a participação e a reflexão coletiva sobre o significado da democracia.